sábado, 26 de março de 2011

Alegação: O consumo de feijão branco auxilia na perda de peso.




A associação que se faz atualmente entre o consumo de feijão branco e a perda de peso tem por base o efeito da faseolamina, uma glicoproteína presente em todas as espécies Phaseolus vulgaris (o feijão comum) [1].

A faseolamina atua como inibidor da enzima alfa-amilase pancreática (PPA), responsável pela digestão dos hidratos de carbono em nível intestinal. Ao interferir na atuação da enzima, a glicoproteína age como bloqueadora da absorção dos amidos resultando em um menor aporte de energia consumido e em menores índices glicêmicos pós-prandiais [1].

A natureza deste processo é explicada pelo mecanismo de inibição não competitiva, ou seja, quando existe a possibilidade de ligação simultânea do inibidor e do substrato à enzima [2]. 

Por outro lado, outros constituintes do feijão comum (fibras, taninos e fitatos) são também substâncias que se correlacionam inversamente com a digestão de carboidratos e resposta glicêmica [3].

Em uma recente revisão da literatura [4] observou-se que três estudos clínicos controlados aleatorizados demonstraram perda de peso vinculada à ingestão de faseolamina. Entretanto, os pesquisadores indicam a necessidade de se conduzir mais pesquisas, onde sejam considerados grupos amostrais mais significativos e maiores períodos de acompanhamento.

Os estudos em questão avaliaram entre 25 e 60 indivíduos em um período que variou de 4 e 8 semanas. Quatro estudos, realizados in vitro e em ratos, avaliaram a segurança da faseolamina e concluíram que a substância não apresenta efeitos tóxicos, sob a ressalva que ainda não foi estipulada a dose segura para consumo pela população [4].

Referências Bibliográficas
Blocking carbohydrate absorption and weight loss: a clinical trial using a proprietary fractionated white bean extract. Altern Ther Health Med. 2007 Jul-Aug;13(4):32-7. [3] Lujan DLB, Leonel AJ, Bassinello PZ, et al. Variedades de feijão e seus efeitos na qualidade protéica, na glicemia e nos lipídios sangüíneos em ratos. Ciênc. Tecnol. Aliment., 2008 Dez 28(Supl.): 142-149. [4] Marset JB, Zamora MTC, Aloy MG, et al. Efectividad y seguridad de la faseolamina para perder peso. Grupo de Revisión, Estudio y Posicionamiento de la Asociación Española de Dietistas-Nutricionistas. 2009 Nov: pp 1-3.

fonte: nestle


O PODER DAS FRUTAS


Frutas são importantes componentes de uma alimentação saudável e seu consumo em quantidade adequada tem sido associado à diminuição de mortalidade e redução da ocorrência de doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o consumo inadequado de frutas está entre os dez principais fatores de risco para a carga total global de doença em todo o mundo, onde existe forte evidencias de que o consumo de frutas diminui também o risco de diabetes e obesidade, como parte de hábitos alimentares saudáveis.

Elas têm características especiais: geralmente de natureza polposa, aromas próprios, saborosas – de sabor doce e agradável, coloridas, muito nutritivas e são ricas em açúcares solúveis.

As frutas devem ser incluídas diariamente na alimentação, pois nos brindam com: água, fibras (celulose), vitaminas diversas, sais minerais, frutose ou levulose (açúcares naturais), carboidratos, gorduras e proteínas, tudo de maneira equilibrada e, quase sempre, com baixas calorias.

As frutas são classificadas de acordo com seu tipo:
  • Frutas com caroço: ameixa, cereja, damasco, nectarina e pêssego;
  • Frutas duras: maçã, maçã ácida e pera;
  • Frutas moles: amora, framboesa, morango e uvas;
  • Frutas cítricas: laranja, limão, tangerina e mexerica;
  • Frutas mediterrâneas e tropicais: abacaxi, banana, carambola, caqui, figo, fruta-do-conde, goiaba, lichias, mamão, manga, maracujá, melão, melancia e papaia.

Vantagens do consumo das frutas: 
  • Fontes de micronutrientes, fibras (beneficia o intestino, evitando prisão de ventre) e de outros componentes com propriedades funcionais;
  • São de fácil digestão e promovem saciedade;
  • Fontes de vitaminas e minerais - indispensáveis para o crescimento das crianças;
  • É um alimento de baixa densidade energética, isto é, com poucas calorias em relação ao volume da alimentação consumida, o que favorece a manutenção do peso corporal;
  • As frutas cítricas contêm vitamina C e bioflavonóides, nutrientes importantes para reforçar o sistema imunológico;
  • As frutas vermelhas e alaranjadas são fartas em caroteno. Substância considerada anticancerígena.
As frutas podem ser ingeridas com a casca, na qual, às vezes, encontram-se vitaminas e sais minerais, além de celulose, que concorre para a limpeza intestinal.

Elas podem ser consumidas ao natural, sob a forma de sucos, refrescos, batida com leite, sorvetes, saladas, purê, em preparações diversas, em combinação com salgados como presunto, aves e carnes. Também podem ser consumidas assadas, cozidas, em compota, doces em massas, gelatinosas, geleias, cristalizadas e secas. O importante é usar a técnica de consumo que menos prejudique o valor nutritivo da fruta.

Dicas:
  • Consumir a fruta entre as refeições - nesses intervalos ocorre um melhor aproveitamento dos nutrientes;
  • Procure guardar as frutas inteiras, pois qualquer solução de continuidade facilita o processo de decomposição e perdas nutricionais. Frutas maduras demais ou moles ou esmagadas apresentam alto índice de desperdício;
  • Considera-se suficiente o consumo mínimo de 400 g de frutas diariamente, o que equivale a cinco porções desses alimentos.  
Conheça as propriedades nutricionais de algumas frutas e adote já essas delícias em sua alimentação diária.

Fruta
Porção
Energia (Kcal)
Proteínas (g)
Lipídios Totais (g)
Carboidra-tos Totais (g)
Fibra Alimentar
Vitaminas e Minerais
Abacaxi
214 g (1 xícara de chá picado)
96
1,43
1,46
22,17
2,55
A ,C e B6, potássio, cálcio, ferro e fósforo
Banana Nanica
110g (unidade)
89
1,38
0,33
21,77
1,61
B6 e C, potássio, ferro
Caqui
113g (unidade)
72
0,69
0,37
19,44
2,94
A ,C e B1 e B2, potássio, cálcio, ferro, betacaroteno e ácido galactogênico
Kiwi
77g (unidade)
49
0,89
1,05
10,7
1,77
A, C e do complexo B, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e ferro
Laranja Pera
137g (unidade)
42
0,95
0,41
11,38
2,69
A, B e C, flavonóides, ferro, cálcio, iodo, fósforo, potássio e selênio
Maçã Fuji
130g (unidade)
78
0,27
0,94
20,16
2,93
A, B1, B2 e C, potássio, fósforo, ferro, magnésio e cálcio
Mamão Papaya
283g (unidade)
99
1,56
0,79
28,3
6,59
A, C e do complexo B, fósforo, cálcio e ferro
Melancia
148g (fatia)
33
0,75
0,16
7,21
0,19
A, C e do complexo B, licopeno, fósforo, ferro, potássio, cálcio,
Pera
133g (unidade)
56
0,53
0,47
15,97
3,62
A e C, potássio, fósforo, ferro, cálcio, magnésio e enxofre
Pêssego
113g (unidade)
46
1,06
0,41
12,25
2,67
A e C, potássio, cálcio, sódio, fósforo
Uva Rubi
13g (unidade)
6
0,05
0,02
1,48
0,08
A,B e C, iodo, fósforo
Morango
12g (unidade)
4
0,1
0,08
0,88
0,26
A, C , B6 e niacina, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio

segunda-feira, 14 de março de 2011

Estudo aponta que a hortelã pode ser usada para aliviar os sintomas de pessoas que sofrem com úlcera


A úlcera péptica causa danos e desconforto ao estômago, e acomete cerca de 10% da população mundial, principalmente indivíduos com idade entre 30 e 70 anos. Seu desenvolvimento está fortemente relacionado com a digestão alimentar, que ocorre quando há, por exemplo, sobreposição de fatores que agridem a mucosa gástrica - ácido clorídrico e pepsina - em relação aos fatores que a protegem - muco e bicarbonato.
Estudo realizado pela Unicamp aponta que a hortelã pode ser usada para aliviar os sintomas de pessoas que sofrem com úlcera. A bióloga Christiane Takayama testou um óleo essencial da espécie Hyptis spicigera, popularmente conhecida como catirina, hortelã, cheirosa ou cheirosa-de-espiga. O óleo, que ainda precisa de mais testes antes de se comercializado, conseguiu inibir praticamente em 100% a formação da lesão ulcerativa.
O óleo aumenta a produção do muco gástrico, a camada responsável por proteger o estômago contra o suco gástrico. Esse contém pepsina e ácido clorídrico, os quais maltratam a mucosa estomacal, provocando as úlceras. Ao aumentar o muco, o óleo conseguiu defender o órgão contra a formação de lesões ulcerativas, não somente reduzindo-as, mas também impedindo a sua formação.
"Foi um resultado encorajador", comemora Takayama. Segundo a pesquisadora, não existia na literatura científica provas cabais dessas atividades benéficas da hortelã. "O que havia era apenas indicação popular, contudo nenhum estudo comprobatório desse potencial do óleo", completa.
O composto mostrou características antioxidante, capaz de abrandar a formação de espécies reativas de oxigênio por mecanismo de transferência de hidrogênio. E também forte potencial de cicatrização, conseguindo reduzir praticamente em 90% a área da lesão de úlcera nos animais.

Fonte: bibliomed, 14 de março de 2011